Relata a trajetória da Biblioteca Universitária da Universidade Federal de Minas Gerais (BU/UFMG) nas ações para apoiar a revitalização das bibliotecas dos pólos de apoio presencial do Estado de Minas Gerais, nos quais a Instituição oferece cursos na modalidade de educação a distância (EAD), no programa Universidade Aberta do Brasil (UAB). A motivação para a pesquisa está relacionada à necessidade de rever o modelo vigente de planejamento e gestão dos serviços de informação e sistematização de ações que facilitem o processo de comunicação para o desenvolvimento das bibliotecas dos pólos. No contexto da institucionalização da EAD e a questão das bibliotecas na UFMG ressaltam-se ações consideradas estratégicas: criação do “Setor de Apoio às Bibliotecas dos Pólos” na BU em 2010, e da “Comissão para diagnóstico das bibliotecas dos pólos” em 2014. A UFMG abriga um Sistema composto por 25 bibliotecas, com um acervo disponibilizado para a comunidade acadêmica dos cursos presenciais e da EAD. De natureza quali-quantitativa e de caráter exploratório foi utilizada na pesquisa a estratégia de estudo de caso, que busca o aprofundamento do fenômeno como sugere Yin (2001)[1] pela capacidade de lidar com uma ampla variedade de evidências como documentos, entrevistas e observações e por gerar um conjunto de práticas materiais e interpretativas. Na primeira fase foi feita a análise do campo com visitas técnicas em doze municípios de MG e entrevistas com os respectivos coordenadores dos pólos, e originou o relatório final como documento[2], e a segunda fase constou da concepção do projeto piloto[3]. No contexto nacional, a complexidade e a abordagem sistêmica encontram nos Referenciais de Qualidade para EAD[4] a recomendação para que os sistemas de comunicação estejam integralmente expressos no Projeto Político Pedagógico dos cursos. Assim, no processo comunicacional foram contempladas as seguintes vertentes: comunicação interna da BU com o Centro de Apoio a Educação a Distância (CAED/UFMG), o Departamento de Registro e Controle Acadêmico, as próprias bibliotecas do SB, o Departamento de Ciência da Computação e com os coordenadores dos cursos; comunicação externa com as prefeituras dos municípios, as coordenações dos pólos de apoio presencial, as bibliotecas circunvizinhas dos pólos, os representantes da UAB e com a própria CAPES. Os resultados parciais já aferidos são: recebimento de apoio e estreitamento da relação com o CAED/UFMG; adesão das instituições que oferecem cursos no pólo de Montes Claros e identificação de todos dos alunos da UFMG, início da prestação de serviços de informação aos alunos, mapeamento das condições de estrutura de tecnologia da biblioteca, feedback e adesão de parte dos alunos, implementação do programa de qualificação da equipe da biblioteca, análise parcial do acervo; e participação nas web conferências para os alunos. Pode-se afirmar que as bibliotecas são agentes sociais e de cidadania que contribuem para a formação dos sujeitos. Assim, os fatores críticos nessa pesquisa, que encontra-se em andamento, são os processos de comunicação para aglutinar diferentes segmentos internos e externos à UFMG, na busca pela excelência na oferta de serviços e produtos de informação nas bibliotecas dos pólos.

Palavras-chave: Educação a distância; Bibliotecas dos pólos de EAD; Comunicação na educação a distância; Bibliotecas universitárias e educação a distância.

[1] https://saudeglobaldotorg1.files.wordpress.com/2014/02/yin-metodologia_da_pesquisa_estudo_de_caso_yin.pdf

[2] “Visitas às bibliotecas dos pólos dos cursos de graduação da EAD da UFMG – relatório final[2].

[3] “Educação a Distância na UFMG - cumprimento das ações determinadas no relatório das “Visitas às bibliotecas dos polos de apoio presencial dos cursos de graduação da EAD da UFMG” – em foco a biblioteca do pólo de apoio presencial de Montes Claros”

[4] http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf