Eventos Unirede, PromovEaD 2016

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Resposta rápida à epidemias emergentes através de um curso EaD: o caso do combate ao mosquito Aedes aegypti
Filipe Ribeiro da Silva, Natássia Scortegagna da Cunha, Ana Paula Borngräber Corrêa, Cynthia Goulart Molina, Otávio Pereira D'Avila, Roberto Nunes Umpierre, Erno Harzheim

Última alteração: 2016-06-17

Resumo


A possível associação entre microcefalia e Zika Vírus, com o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão desta doença, além da Dengue, Chikungunya  entre outras doenças, levou o Brasil a um estado de emergência em saúde pública. Em resposta à uma demanda do Ministério da Saúde, no esforço nacional para o combate ao Aedes aegypti o TelessaúdeRS/UFRGS elaborou um curso EaD. O curso é gratuito, disponível online, com 22 horas-aula de carga horária. Tem o objetivo de capacitar, no âmbito da Atenção Primária à Saúde, o Agente Comunitário de Saúde (ACS), militares e atualizar o Agente de Combate às Endemias (ACE) no combate ao Aedes aegypti. Conta com auxílio da Secretaria de Educação a Distância da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (SEAD/UFRGS) para a oferta do curso, através do apoio técnico e pedagógico no uso da plataforma virtual de aprendizagem Moodle.

Objetivo: descrever o perfil dos participantes e avaliar a abrangência do curso a partir da análise de um banco de dados criado pelo TelessaúdeRS/UFRGS numa planilha excel® com intuito de armazenar e organizar informações básicas dos inscritos, através de um formulário preenchido pelo usuário durante sua inscrição no curso.

Metodologia: estudo exploratório descritivo com abordagem quantitativa. As variáveis analisadas foram: sexo, faixa etária, localização (Estado de origem) e profissão. As informações concernentes à pesquisa foram coletadas de relatórios diários de inscrições do período de janeiro de 2016 a março de 2016. Para organização e análise dos dados utilizou-se como ferramenta o software Excel 2010®.

Resultados: no período de 1º de janeiro a março de 2016, o curso teve 9.061 participantes. As categorias profissionais mais presentes no período foram: Agentes de saúde 2.972 (33%), Agente de endemias 1.573 (17%), Enfermeiros: 848 (9%), Farmacêuticos: 495 (5%), outros profissionais de Saúde: 493 (5%), Militares: 338 (4%), estudantes da área da saúde: 351 (4%), professores (ensino fundamental e médio): 346 (4%), Médicos: 227 (3%), Biólogos: 53 (1%). Profissionais de outras áreas somaram 1.365 inscritos (15%).

No que se refere à abrangência nacional, a divisão por regiões se deu da seguinte forma: região sul com 3241 participações (35,76 %), nordeste 2850 (31,45 %), sudeste 2013 (22,22 %), centro-oeste 551 (6,08 %) e norte com 407 (4,49 %). O público feminino foi majoritário, somando (71,36%) dos participantes, e os do sexo masculino (28,64%).

Na análise das faixas etárias dos inscritos, foi possível identificar que a maioria dos participantes tem entre 21 e 40 anos totalizou (56 %), seguido da faixa etária 40 anos ou mais (37,88%), integrantes de 15 a 20 anos contabilizaram (6,12 %).

Conclusões: os dados revelam que o curso teve abrangência nacional, atingindo os 27 estados brasileiros, e público bastante diversificado no que tange à profissão. Embora expressiva, a adesão foi baixa se considerarmos que o curso foi projetado para atingir em torno de 200 mil profissionais de todo o país. Atingiu diferentes faixas etárias, devido ao esforço nacional dos profissionais de saúde e população no geral para obter mais informações para combater o mosquito e conter a propagação de doenças por ele transmitidas.

É necessário inscrever-se na conferência para visualizar os documentos.