Última alteração: 2016-06-17
Resumo
A possível associação entre microcefalia e Zika Vírus, com o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão desta doença, além da Dengue, Chikungunya entre outras doenças, levou o Brasil a um estado de emergência em saúde pública. Em resposta à uma demanda do Ministério da Saúde, no esforço nacional para o combate ao Aedes aegypti o TelessaúdeRS/UFRGS elaborou um curso EaD. O curso é gratuito, disponível online, com 22 horas-aula de carga horária. Tem o objetivo de capacitar, no âmbito da Atenção Primária à Saúde, o Agente Comunitário de Saúde (ACS), militares e atualizar o Agente de Combate às Endemias (ACE) no combate ao Aedes aegypti. Conta com auxílio da Secretaria de Educação a Distância da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (SEAD/UFRGS) para a oferta do curso, através do apoio técnico e pedagógico no uso da plataforma virtual de aprendizagem Moodle.
Objetivo: descrever o perfil dos participantes e avaliar a abrangência do curso a partir da análise de um banco de dados criado pelo TelessaúdeRS/UFRGS numa planilha excel® com intuito de armazenar e organizar informações básicas dos inscritos, através de um formulário preenchido pelo usuário durante sua inscrição no curso.
Metodologia: estudo exploratório descritivo com abordagem quantitativa. As variáveis analisadas foram: sexo, faixa etária, localização (Estado de origem) e profissão. As informações concernentes à pesquisa foram coletadas de relatórios diários de inscrições do período de janeiro de 2016 a março de 2016. Para organização e análise dos dados utilizou-se como ferramenta o software Excel 2010®.
Resultados: no período de 1º de janeiro a março de 2016, o curso teve 9.061 participantes. As categorias profissionais mais presentes no período foram: Agentes de saúde 2.972 (33%), Agente de endemias 1.573 (17%), Enfermeiros: 848 (9%), Farmacêuticos: 495 (5%), outros profissionais de Saúde: 493 (5%), Militares: 338 (4%), estudantes da área da saúde: 351 (4%), professores (ensino fundamental e médio): 346 (4%), Médicos: 227 (3%), Biólogos: 53 (1%). Profissionais de outras áreas somaram 1.365 inscritos (15%).
No que se refere à abrangência nacional, a divisão por regiões se deu da seguinte forma: região sul com 3241 participações (35,76 %), nordeste 2850 (31,45 %), sudeste 2013 (22,22 %), centro-oeste 551 (6,08 %) e norte com 407 (4,49 %). O público feminino foi majoritário, somando (71,36%) dos participantes, e os do sexo masculino (28,64%).
Na análise das faixas etárias dos inscritos, foi possível identificar que a maioria dos participantes tem entre 21 e 40 anos totalizou (56 %), seguido da faixa etária 40 anos ou mais (37,88%), integrantes de 15 a 20 anos contabilizaram (6,12 %).
Conclusões: os dados revelam que o curso teve abrangência nacional, atingindo os 27 estados brasileiros, e público bastante diversificado no que tange à profissão. Embora expressiva, a adesão foi baixa se considerarmos que o curso foi projetado para atingir em torno de 200 mil profissionais de todo o país. Atingiu diferentes faixas etárias, devido ao esforço nacional dos profissionais de saúde e população no geral para obter mais informações para combater o mosquito e conter a propagação de doenças por ele transmitidas.